sábado, 19 de dezembro de 2009

Ao ódio que me cerca.

Tenho medo por mim e por todos nós.
Não sei mais como exprimir a frustração
Ah, como é fácil odiar
Odiar tudo e todos sem contemplação
mas eu ei de fugir à tentação
Quando eu partir dessa vida desencantada
Que na memória dos homens enfim
se desvanessa essa figura esfarrapada
Mas enquanto tal não acontecer
Quero que falem de mim
Que digam sem qualquer pudor
Que fui mentiroso, que fui falso, que fui ladrão
Digam o que os convencer
Não guardarei qualquer rancor
Mas não digam que falei o mesmo
Não, isso não
fui melhor que isso, por favor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Amor se sente independente da vontade de alguém
é um sentimento pessoal
como uma impressão digital
que nunca será a mesma por mais que se vá além.
Amor não é para ser entendido
amor é para ser vivido e compartilhado
Nunca cobrado
Mas sempre oferecido.

domingo, 1 de novembro de 2009

É bem mais saudável eu morrer sozinho.





Não sei bem o porque mas coisas estranhas ocorrem casualmente. Sempre alguem gosta de mim e "eu não ligo". Porque gostam de mim? Eu nem mereço isso. Sou apenas um idiota que maltrata. Porque? Não sei o que fasso, não sei como isso acontece. Mas sempre magôo as pessoas. Porque ? Sou idiota demais. Esse é o fato. Não estou pronto pra nada, e ninguém merece ser magôado por mim. Fiquem longe de mim, isso é o que eu digo, pois nunca vou encontrar uma resposta pra tantos porquês. Acho que o melhor é morrer sozinho. Sózinho. É. acho que funcina bem.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Decisões.

Odeio ter de tomar decisões.
Principalmente quando tem que ser entre duas coisas das quais se gosta. É como se te dividisse ao meio. Como se estivesse decidindo entre amputar os pés ou as mãos. Nenhuma decisão é a certa a tomar. Ou pelo menos não aparenta. As vezes decisões erradas fazem com que você se arrependa, porém decisões certas nos decham confiantes o bastante para pensar que não erraremos. Sempre erramos e 'quebramos a cara', o que nesse caso é pior do que não ter escolhido.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Wish I wasn't...

I've got nothing to give.
Got no reason to live.
I'd kill to survive.
I've got nothing to hide.
Wish I wasn't so shy.

sábado, 25 de julho de 2009

O homem que gritava volte.

Esse conto é meio bizarro, mas é meu primeiro de terror.

Era sábado pela manhã quando Ivone se mudou para uma nova casa. A casa havia sido barata demais pelo fato da ultima moradora ter morrido no chão da cozinha após um enfarto. Ivone arrumou a mobília e limpou a casa a tarde toda, a noite assistiu um pouco de televisão e depois foi para o seu quarto no primeiro andar da casa se preparar para dormir. Estava sonhando com o seu ex-namorado quando um barulho vindo de fora da casa a acordou. Sentou-se na cama e ouviu o barulho se repetir, percebendo então que era um grito de uma voz masculina dizendo VOLTE!
Sobre a cabeceira da cama o relógio marcava exatos 2:56. se levantou e se caminhou até a janela do seu quarto, olhando por uma pequena brecha na cortina afim de ninguém achar que ela era bisbilhoteira. Da janela ela viu a casa de seu vizinho, um senhor já de cabelos grisalhos que estava em seu quintal com uma enxada na mão vestindo um roupão azul. Ficou parado alguns segundos e depois entrou pela porta de trás da casa. Naquela noite Ivone voltou a dormir.
Na manhã seguinte Ivone acordou cedo, iria receber a visita de algumas amigas da faculdade de medicina para comemorarem a casa nova. As amigas fizeram muita desordem e entre comidas e bebidas, algumas ficaram até dormindo no sofá. Ivone estava sóbria pois não bebera nada afim de cuidar das amigas que estivessem bêbadas no local. Ageitou as amigas no sofá e foi se deitar. Acordou, novamente, as 2:56 com o seu vizinho gritando VOLTE! Achou que se tratada de um gato ou um cachorro e então voltou a dormir.
Segunda-feira quando voltada da faculdade Ivone viu seu vizinho, que até então ela não conhecia, ela apresentou-se e ambos ficaram conversando até o momento que ela pergunta o porque dele sempre gritar 'VOLTE'. O vizinho fechou logo a cara e disse que não sabia o que ela estava falando, depois disso ele entrou, com uma expressão assustada no rosto.
Naquela noite, com a ajuda de muito café, Ivone foi até o quintal de sua casa as 2:40 e ficou encostada na pequena cerca que separava sua casa da de seu vizinho. Alguns minutos depois o vizinho saiu e se espantou ao vê-la ali.
- O que você faz acordada essa hora mocinha?
- Estava sem sono essa noite e resolvi vir tomar um ar fresco.
- Você pode ficar doente, é melhor que voute e descance.
- Pode ficar tranquilo, eu ficarei bem.
- Ora menina, sei que só está aqui para me vigiar, por que você não entra de uma vez e poupa todos nós.
- Eu não...

Ivone foi interrompida por algumas baratas que saíram correndo de dentro de um buraco no chão do quintal vizinho. Uma nuvem preta saiu logo em seguida e foi criando uma forma grotesca. Uma aberração que lembrava um corpo de um cachorro gigante, com rosto de porco e chifres. A coisa andou lentamente para o lado do velho que se armou com a enxada e gritou VOLTE. A fera recuou em direção ao buraco, até avistar Ivone. Com um só pulo a fera já estava no quintal da jovem que correu desesperadamente para sua cozinha. A fera correu atrás e pulou em cima dela. Seu corpo atravessou o de Ivone como um fantasma e depois voltou para ao buraco. Ivone caíra no chão morta, sua alma havia sido devorada. Alguns acreditariam que ela tivesse morrido de enfarto.

Alguns anos depois, relatos de visinhos dizem que as quatro mulheres que moraram na casa morreram de infarto. Ou enlouqueceram.

sábado, 4 de julho de 2009

Vida?

Sei que que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei. Descobri também que amigos podem se tornar inimigos ao mesmo tempo em que amores "eternos" podem acabar em uma noite. Outra coisa que ouvi foi que nunca conhecemos ninguém porque, afinal, demoramos uma vida para conhecermos nós mesmos. Alguns acabam morrendo sem saber quem são.

Me surpreendo com coisas desse tipo. Aliás sempre me surpreendo, seja com os outros ou comigo. Como nesse exato momento, em que aos meus 15 anos já estou falando sobre a vida. Mas isso não importa, pois sei o que sei da vida para concordar com quem diz que saímos dela como viemos, nús e sozinhos. Mas se partimos sem nada, o que mede se a vida foi realmente boa? As pessoas das quais amamos? ou é simplesmente nossas conquistas? Mas e se falharmos, se nunca amarmos de verdade? Nossa vida terá sido em vão?

A vida é engrassada. Você pode analizar, refletir, pode fazer o que for, nunca saberá como julga-la. Já ouviu a expressão "não se pode medir o coração?" pois é, acho que não se pode medir nada disso. Não se pode medir o coração, o desejo. Não se pode medir um sonho.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A coisa certa a fazer.


Por mais que doa, aquilo que é certo deve ser feito. Mas será o correto é o que devemos fazer?


Sacou a arma da gaveta.
Sentia o sangue pulsar entre os dedos pressionados na coronha. A respiração estava irregular e sabia que, àquela altura, poderia perder o controle, porém tinha de fazer aquilo. O velho ainda permanecia na sala, o olhar distante.Reuniu toda sua coragem e entrou na sala rapidamente. Fechou os olhos, tentando não ver o que fazia, e apertou o gatilho. Ouviu o som da arma e o barulho da cabeça do pobre homem estourando. Ainda de olhos fechados, virou as costas para a cena sangrenta. Apenas torcia para que aquilo resolvesse tudo de vez. Mas, no fundo, sabia que era uma esperança tola, pois aquele monstro nunca seria vencido tão facilmente e as maldades praticadas por ele não podiam ser esquecidas. Isso acontece apenas nos filmes. Na realidade, a luta é eterna e sangrenta. Deixou a arma cair ao chão assim que sentiu as primeiras lágrimas escorrendo pelo rosto quente de suor.
Não tivera alternativa, mas mesmo assim sabia que jamais iria se perdoar por isso. Por matar o próprio pai. Mesmo aquilo sendo a coisa certa a fazer.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Riscos.

Rindo corremos o risco de parecermos idiotas.
Chorando corremos o risco de parecermos sentimentais.
Amando corremos o risco de não sermos correspondidos.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas o que seria da vida sem os riscos que tomamos. Não correr riscos pode te livrar de dores e decepções, mas o maior perigo é nunca arriscar nada. Seja livre. Pois somente aquele que se arrisca é livre.

domingo, 7 de junho de 2009

Refúgio


Ela olhava ao redor. Tentava encontrar um sentido. Uma razão para olhar para os lados e ver apenas semblantes apagados que apontavam com seus dedos tortos as nossas faces. Ela não queria limitar-se aquelas cores neutras que víamos. Ela queria sair, queria mais. E eu não tinha o que era preciso, e também não podia vê-la partir sozinha, vê-la sorrir em algum lugar do qual nunca sorrimos juntos. Porém não podia prendê-la aquela vida. Ela não necessitava de mim, eu que precisava dela. Dependia do seu geito doentio de rir das coisas, precisava dos sorrisos encantadores, precisava do consolo para as dores. Eu apenas observava tudo aquilo, sentado ao lado dela, esperando que ela encontrasse a saída do nosso mundo. Por mais que doesse, eu tentava me despedir. Mas nem meus últimos fragmentos de força me fizeram levantar. Eu apenas olhava pra ela sabendo que um dia ela encontraria o que procurava. E eu ficaria aqui, só, sem meu único refúgio.