quarta-feira, 29 de julho de 2009

Wish I wasn't...

I've got nothing to give.
Got no reason to live.
I'd kill to survive.
I've got nothing to hide.
Wish I wasn't so shy.

sábado, 25 de julho de 2009

O homem que gritava volte.

Esse conto é meio bizarro, mas é meu primeiro de terror.

Era sábado pela manhã quando Ivone se mudou para uma nova casa. A casa havia sido barata demais pelo fato da ultima moradora ter morrido no chão da cozinha após um enfarto. Ivone arrumou a mobília e limpou a casa a tarde toda, a noite assistiu um pouco de televisão e depois foi para o seu quarto no primeiro andar da casa se preparar para dormir. Estava sonhando com o seu ex-namorado quando um barulho vindo de fora da casa a acordou. Sentou-se na cama e ouviu o barulho se repetir, percebendo então que era um grito de uma voz masculina dizendo VOLTE!
Sobre a cabeceira da cama o relógio marcava exatos 2:56. se levantou e se caminhou até a janela do seu quarto, olhando por uma pequena brecha na cortina afim de ninguém achar que ela era bisbilhoteira. Da janela ela viu a casa de seu vizinho, um senhor já de cabelos grisalhos que estava em seu quintal com uma enxada na mão vestindo um roupão azul. Ficou parado alguns segundos e depois entrou pela porta de trás da casa. Naquela noite Ivone voltou a dormir.
Na manhã seguinte Ivone acordou cedo, iria receber a visita de algumas amigas da faculdade de medicina para comemorarem a casa nova. As amigas fizeram muita desordem e entre comidas e bebidas, algumas ficaram até dormindo no sofá. Ivone estava sóbria pois não bebera nada afim de cuidar das amigas que estivessem bêbadas no local. Ageitou as amigas no sofá e foi se deitar. Acordou, novamente, as 2:56 com o seu vizinho gritando VOLTE! Achou que se tratada de um gato ou um cachorro e então voltou a dormir.
Segunda-feira quando voltada da faculdade Ivone viu seu vizinho, que até então ela não conhecia, ela apresentou-se e ambos ficaram conversando até o momento que ela pergunta o porque dele sempre gritar 'VOLTE'. O vizinho fechou logo a cara e disse que não sabia o que ela estava falando, depois disso ele entrou, com uma expressão assustada no rosto.
Naquela noite, com a ajuda de muito café, Ivone foi até o quintal de sua casa as 2:40 e ficou encostada na pequena cerca que separava sua casa da de seu vizinho. Alguns minutos depois o vizinho saiu e se espantou ao vê-la ali.
- O que você faz acordada essa hora mocinha?
- Estava sem sono essa noite e resolvi vir tomar um ar fresco.
- Você pode ficar doente, é melhor que voute e descance.
- Pode ficar tranquilo, eu ficarei bem.
- Ora menina, sei que só está aqui para me vigiar, por que você não entra de uma vez e poupa todos nós.
- Eu não...

Ivone foi interrompida por algumas baratas que saíram correndo de dentro de um buraco no chão do quintal vizinho. Uma nuvem preta saiu logo em seguida e foi criando uma forma grotesca. Uma aberração que lembrava um corpo de um cachorro gigante, com rosto de porco e chifres. A coisa andou lentamente para o lado do velho que se armou com a enxada e gritou VOLTE. A fera recuou em direção ao buraco, até avistar Ivone. Com um só pulo a fera já estava no quintal da jovem que correu desesperadamente para sua cozinha. A fera correu atrás e pulou em cima dela. Seu corpo atravessou o de Ivone como um fantasma e depois voltou para ao buraco. Ivone caíra no chão morta, sua alma havia sido devorada. Alguns acreditariam que ela tivesse morrido de enfarto.

Alguns anos depois, relatos de visinhos dizem que as quatro mulheres que moraram na casa morreram de infarto. Ou enlouqueceram.

sábado, 4 de julho de 2009

Vida?

Sei que que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei. Descobri também que amigos podem se tornar inimigos ao mesmo tempo em que amores "eternos" podem acabar em uma noite. Outra coisa que ouvi foi que nunca conhecemos ninguém porque, afinal, demoramos uma vida para conhecermos nós mesmos. Alguns acabam morrendo sem saber quem são.

Me surpreendo com coisas desse tipo. Aliás sempre me surpreendo, seja com os outros ou comigo. Como nesse exato momento, em que aos meus 15 anos já estou falando sobre a vida. Mas isso não importa, pois sei o que sei da vida para concordar com quem diz que saímos dela como viemos, nús e sozinhos. Mas se partimos sem nada, o que mede se a vida foi realmente boa? As pessoas das quais amamos? ou é simplesmente nossas conquistas? Mas e se falharmos, se nunca amarmos de verdade? Nossa vida terá sido em vão?

A vida é engrassada. Você pode analizar, refletir, pode fazer o que for, nunca saberá como julga-la. Já ouviu a expressão "não se pode medir o coração?" pois é, acho que não se pode medir nada disso. Não se pode medir o coração, o desejo. Não se pode medir um sonho.